NADA MUDOU Governo aciona, Justiça decreta ilegalidade de greve e auditores encerram paralisação
A narrativa é a mesma: servidores indignados com o desapreço do governador Ricardo Coutinho decidem paralisar atividades, o governador aciona a Justiça, a Justiça decreta ilegalidade da greve e os servidores voltam ao trabalho de mãos abanando. Foi o que ocorreu com os auditores fiscais, que haviam iniciado uma paralisação em 28 de abril.
A greve prosseguia até esta quarta (dia 11), quando o desembargador Leandro dos Santos, acionado pelo Governo, concedeu liminar decretando e ilegalidade da greve. Na noite desta quarta mesmo os auditores realizaram assembleia geral e deliberaram pelo encerramento do movimento, sem terem conseguido uma audiência sequer com o governador.
Segundo Manuel Isidro, presidente do Sindifisco, “o Fisco Estadual passou 15 dias em greve, mas infelizmente o Governo não abriu o canal de diálogo, sem contar que nestes mais de sete anos, tentamos o diálogo, então decidimos entrar em greve no dia 28 de fevereiro, e iniciar o movimento um mês depois, tempo hábil para que o Governo pudesse dialogar, mesmo assim não sinalizou.”
O governador que, aliás, tem argumentado falta de tempo para receber, não apenas os auditores fiscais, mas as demais categorias, encontrou tempo na última terça-feira para ir a Curitiba, tentar se encontrar o ex-presidente Lula. E neste caso, algo ainda mais grave: a viagem de sua excelência foi bancada pelo contribuinte, conforme denunciou a mídia nacional e o próprio governador admitiu.
