Caso do Dinheiro Voador: Olavo Cruz também doou pra campanha de RC
O empresário Olavo Cruz Neto, que teve o sigilo quebrado (ao lado do senador Cássio Cunha Lima) por decisão da ministra Rosa Weber (Supremo), foi um dos doadores de campanha do então candidato Ricardo Coutinho, nas eleições de 2008, quando disputou a reeleição a prefeito. Sua doação, no entanto, foi modesta: R$ 8 mil. Em espécie.
Olavo, como se sabe, foi preso em flagrante, numa das salas do Edifício Concorde, em João Pessoa, acusado de jogar dinheiro pela janela, no escândalo que ficou nacionalmente conhecido como o Caso do Dinheiro Voador. O flagrante ocorreu na eleição de 2006, quando Cássio disputava a reeleição ao Governo do Estado, e Olavo era um de seus apoiadores.
Cássio terminou cassado, no TRE e também pelo TSE, pelos Casos Fac e A União e perdeu o mandato em 2009. Já o Caso do Dinheiro Voador foi arquivado pelo TRE, por perda do objeto. Mas, o Ministério Público prosseguiu com o inquérito nº 3.404, alegando que os envolvidos realizaram movimentação ilícita com quantias vultosas, incompatíveis com as suas rendas declaradas.
No início deste mês de dezembro, a ministra Rosa Weber decretou a quebra do sigilo bancário do senador Cássio Cunha Lima e do empresário Olavo Cruz, atendendo solicitação do MPF, com base no relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras. A decisão da ministra foi publicada na edição do dia 4 de dezembro, página 49, do Diário da Justiça Eletrônica.
Devolução do dinheiro
Em 9 de fevereiro de 2012, o juiz João Bosco Medeiros (TRE) negou pedido de liminar, com mandado de segurança, impetrado pelo empresário Olavo Cruz, reivindicando a liberação do dinheiro apreendido no edifício Concorde. Em seu despacho, sentenciou: “Indefiro a liminar pretendida porque, segundo o impetrado, a manutenção da apreensão da importância interessa ao processo, até decisão”.
Em dezembro de 2011, o juiz Eslu Eloy Filho, da 64ª Zona Eleitoral, já havia indeferido o pedido para a devolução do dinheiro.
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