Como desmascarar um fascista que se apresenta como republicano?
Não é fácil desmascarar um fascista disfarçado de militante de esquerda ou, eventualmente, de democrata, se dizendo republicano. O escritor italiano Umberto Eco, que tinha a memória do fascismo de Benito Mussolini, escreveu um interessante ensaio, em que aponta, em 14 pontos, as características de um indivíduo fascista, mas eventualmente transvestido de outra vertente ideológica.
Dentre essas 14 marcas, destacamos as seguintes:
– “Tanto os fascistas como os nazistas adoravam a tecnologia”. Ou seja, são aqueles sujeitos que se apresentam como moderninhos, apesar de executarem práticas bem antigas, tipo coronelista.
– “Nenhuma forma de sincretismo pode aceitar críticas”. Ou seja, trata dos indivíduos que não toleram crítica e tentam destruir os adversários, usando todas as formas de intimidação e violência.
– “O primeiro apelo de um movimento fascista ou que está se tornando fascista é contra os intrusos”. Ou seja, o que importa mesmo é evitar que adversários possam partilhar de seus coletivos.
– “O fascismo provém da frustração individual ou social”. São normalmente indivíduos com problemas graves registrados na infância e adolescência, que se voltam contra o mundo.
– “Os membros do partido são os melhores cidadãos.” Isso quer dizer que só os filiados são santos e honestos. Quem estiver fora do partido é considerado adversário ou presa para massa de manobra.
– “O fascismo baseia-se em um ‘populismo qualitativo’”. Ou seja, a aposta numa política personalista que busca transformar o líder num herói puro e imaculado.
Quem encontrar um indivíduo por ai que tenha essas características, é bom ter cuidado, porque pode se tratar de um fascista em potencial.
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